Formas de tratamento

O tratamento consiste basicamente em duas etapas:

Acabar com os sintomas físicos, os quais costumam passar rapidamente com a ajuda de certos medicamentos. Nessa fase inicial onde o objetivo é acabar com os sintomas físicos (e que realmente acabam muito rápido, às vezes em questão de horas), a Psicoterapia sozinha ajuda muito pouco.

Acabar as fobias, nesta fase o tratamento mais eficaz é uma combinação de medicação com Psicoterapia (que aliás nem sempre é necessária), principalmente a Psicoterapia Breve Focal, que consiste em poucas sessões para ajudar o paciente a mudar de atitudes, sair de situações difíceis e principalmente ver os problemas com mais objetividade, ficando portanto mais fáceis de serem resolvidos.

Ao mesmo tempo, seu médico irá pesquisar alguma doença física que possa estar provocando, desencadeando ou prolongando a Síndrome e se for o caso tratar ou encaminhar para algum colega faze-lo.

Os Remédios, o antidepressivo (tarja vermelha), ao contrário do tranqüilizante (tarja preta), não causa nenhuma dependência mesmo quando combinado com este; ao contrário, afasta a dependência de qualquer tranqüilizante. Os portadores do pânico têm um medo cruel da dependência dos remédios, principalmente daqueles que possuem tarjas pretas. Se um profissional médico prescrever somente o tranqüilizante (tarja preta) com o objetivo de cura e a pessoa tomar por mais de três meses, aí sim, poderá tornar-se dependente, pois os tranqüilizantes são depressores do sistema nervoso central. Os tranqüilizantes apenas aliviam, acalmam momentaneamente os sintomas. Passado o efeito do medicamento, os sintomas retornarão. A maioria das pessoas costuma generalizar os remédios psiquiátricos quanto a seus efeitos. Elas imaginam que todos são tranqüilizantes, dopantes ou causadores da impotência sexual. Ou então que são nocivos à saúde. Puro engano. E o mal maior que a doença traz? O indivíduo tem medo do remédio causar impotência e acaba ficando impotente por causa da doença. O importante é lembrar que cada caso é um caso, portanto, vai depender e muito do feeling do médico na hora de lidar com o paciente.  Existem antidepressivos tricíclicos, tetracíclicos, IMAOS (inibidor da monoaminooxidase) e o mais recente, que é o ISRS (inibidor seletivo de receptação de serotonina), que tem uma variedade enorme. Mas só os médicos entendem como eles devem ser usados.

Terapia

O tratamento em geral deve ser seguido por uma terapia do tipo comportamental para acabar com outro problema de quem tem pânico. Trata-se do medo das crises de medo! Em geral quem tem pânico fica condicionado a achar que vai morrer quando a crise começa. Resultado: quando sente pequenos sintomas que lembram a crise, já são tomadas por esse medo, o que acaba resultando numa crise completa de pânico.

Esse tipo de terapia é bastante específico. Em outras palavras não é qualquer tipo de terapia que funciona com o pânico e algumas podem até mesmo piorar o quadro. Mas quando a terapia comportamental é aplicada corretamente, e em conjunto com a medicação adequada, consegue-se melhora acentuada ou ausência total dos sintomas em 80 % das pessoas, num prazo bastante rápido.

Uma medida fundamental no pânico é saber respirar: durante a crise a maioria das pessoas que sofre desse transtorno respira de modo superficial, o que acaba por mudar a química do sangue, que por sua vez é interpretado pelo cérebro como uma situação de emergência, gerando mais e mais crises de pânico. Claro que você deve praticar esse tipo de respiração antes das crises, para que na hora “h” possa utiliza-lá.